So long, Mário
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
1923-2006
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
1923-2006
2 comentários:
Lisboa espera indecisa
a conta deste semestre.
Par ou pernão? Mona Lisa.
Estátua equestre.
...
O herói vem do trabalho
cai de cama tem um quisto.
Farinheira açorda de alho.
O que é isto?
...
Esta vida são dois dias
e o escritor há-de-se-(v)ir
em cima de gelosias
Emir.
Ah, queres Cesariny? Toma lá de Vasconcelos... Sim a "Lisboa espera..." é dele, de ""Redondel do Alentejo", in "19 projectos de prémio Aldonso Ortigão", publicado em Lisboa, pela Livraria Quadrante, que já não há. Não tem data de publicação. O meu exemplar foi comprado a 31.7.71, isto é, tinha eu 20 anos e 5 meses!!!
Um abraço pedagógico!
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