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07 junho 2006

Mas de quem é a culpa?


A vidinha custa a todos.
A uns mais do que a outros bem entendido, mas não me dei ao trabalho de escrever estas linhas pra dizer verdades de "La Palice".
Muito daquilo que sou profissionalmente, aprendi com gente que ainda hoje respeito profundamente.
E como profissional de rádio, entre outras actividades, tenho referências que duram, algumas delas, há já mais de vinte anos.
E uma delas é sem dúvida o grande António Sérgio, a quem cedo me habituei a chamar de "Mestre", cognome carinhosamente empregue por todos quantos como eu lhe devem muitas horas de prazer auditivo e reconhecido mérito na educação musical deste país.
A descoberta de novos mundos alternativos, as constantes surpresas, a coerência estética e sobretudo uma abertura de espírito sem preconceitos, fazem mais por qualquer aspirante do que muito manual ou compêndio escolar de solfejo.
Para aprender é preciso estar disponível e como não estar disponível a ouvir quem tanto tem para ensinar partilhando...
E a voz? Foi pois este o motivo desta intervenção.
Aquela voz única, rouca, profunda que reconhecemos como a de alguém que sempre esteve ligado a um mundo à frente.
Pode ser esta a voz que diz à sua peculiar maneira, agora como voz de estação que também é na SIC, desde o desaparecimento do José ramos, algo como:
"Oh meu rico Santo António, oh meu Santantoninho, tráz-me uma sardinha pra eu dar ao meu amorzinho", ou coisa parecida...
Mas o que é isto, então isto faz-se? Quem lhe escreve estes textos?
Haja respeito pelo percurso de um extraordinário profissional.
Nem tudo pode ser dito por toda a gente da mesma maneira e a dignidade não tem preço.

Um abraço Mestre!

2 comentários:

Silvares disse...

Nestes tempos pós-modernos vale tudo desde que se encontre justificação para o acto. Se dizer aquilo dá euros ao magano qual é a dúvida? Os mestres também cagam e mijam e não consta que saia ouro nem mármore do distinto buraco. Se saísse... é tudo relativo, uma questão de encontrar a escala correcta que justifique o objecto produzido.Nem que seja abjecto.

Anónimo disse...

Se não visses televisões não apanhavas desilusões!