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09 junho 2006

Old n' Wild Flowers

O Rock não é pra meninos!
Estes "Meninos" nada tem a ver com a idade, como é evidente.
Quarta-feira, 7 de Junho de 2006, Parque do Tejo, Parque das Nações. Festival SBSR. ACT II
No meu caso, o dia mais empolgante, dia de curiosidades, certezas e surpresas.
Editors, banda segura e cativante desde o primeiro momento, se o disco já despertava o ouvido, ao vivo tudo se esclareceu. Grande síntese da matéria rock de inícios de 80, evocação Joy Division de Unknown Pleasures mais guitarras à lá U2 dos primeiros três discos. Bem bom, voltem sempre com mais pra dar.
dEUS, banda belga com um vasto e merecido culto em Portugal, fórmula rock da melhor fornada mesmo depois de seis anos de espera, Tom Barman em grande, publico conquistado.
CULT. Pára tudo, já!
O que eu gosto destes tipos há tantos anos e nunca os tinha visto ao vivo e chiça pá...
Grande concerto.
Se havia banda que me preocupava ver era esta, por razões evidentes. Por um lado porque adivinhava o pior, como costuma acontecer com reuniões pós-datadas para encher contas bancárias à conta de velhos êxitos, sobretudo depois daquela assutadora incursão de Ian Atsbury pelos defuntos "Portas" e, porque me ralava com a perca de mais uma das minhas bandas de outrora nos caminhos do caruncho criativo.
Mas não, meus senhores, não. Tal não aconteceu.
Saber envelher condignamente não é pra todos, e saber fazê-lo olhando para quem está e o que quer dali, é um acto de inteligência e gestão de que poucos podem gabar-se nestas idades.
Billy Duffy em grande forma, guitarras em riste, bateria marcada a preceito e siga.
Rock and Roll is not dead, no way.
Ainda que Atsbury de roxo mais parecesse um desportista de manhã domingueira em baixo de forma física e com dispensáveis recursos ao vernáculo futeboleiro e ao Figo e á "bunitta"???, os Cult asseguraram o melhor momento desta noite de rock. Avassaladores.
Porra, mas porquê de roxo? E a fita preta na tola? Seria enxaqueca?
Keane, orelhudo e embalador xarope pop com a agravante de o vocalista ter, a partir do meio do concerto, aquela incómoda imagem de bácoro prestes a entrar num qualquer forno da bairrada já com molho em tudo, argh...
Franz Ferdinand, a confirmação de uma das melhores fornadas do Pop/rock escoçês da actualidade com a plateia rendida ao talento de Alex Kapranos e restantes enérgicos comparsas.
Do lado esquerdo, a Quinta dos Portugueses fez-me prestar atenção, ao desopilante Wheatherman, que pouco e mal conhecia em disco, aos Linda Martini dos quais espero o novo "Olhos de Mongol" (belo nome, tem bom som), e claro a Paulo Furtado em versão Tigrada a quem a coisa deveria ter corrido bem melhor, mas lá que o tipo é bom, disso não há dúvida. Estava mal disposto.
O SBSR pode não ser "Por um mundo melhor" mas serve bem melhores cardápios a quem gosta de música. Há 12 anos que o provam.

Pois, e assim vamos andando...!

1 comentário:

Anónimo disse...

As ancas da outra dão-nos um mundo melhor que um gajo de roxo, digo eu!
O gajo ainda canta? Naquele DVD que eu tenho (ainda me lembro quem mo deu...) ainda não percebi se aquilo é cantar ou esforço para cagar!
Agora a sério, ainda bem que curtiste e que a tua preocupação não teve fundamento (como nas Irmãs Misericordiosas, cof, cof, cof!)